História e Curiosidades de LISBOA, Portugal

Uma cidade que por muito tempo ficou esquecida na Europa, e hoje é uma das queridinhas tanto dos Europeus como também de nós Brasileiros, a capital portuguesa é uma cidade repleta de história, vibrante em cultura, belezas naturais e arquitetônicas, além de várias outras qualidades e, claro, também tem seus problemas.

Mas antes, se você preferir saber a história de Lisboa com muitas belas imagens, confira o vídeo do nosso canal do Youtube:

Mas vamos lá. Lisboa foi fundada pelos fenícios, com o nome de Alis Ubbo (que significa, adivinha, PORTO SEGURO), e já foi ocupada por gregos, romanos, e já foi dominada pelos Muçulmanos, que lhe deram o nome de Al-Ushbuna. Afonso II, o Casto, recuperou-a durante uma década, entre 798 e 808.

Foi, no entanto, com o rei D. Afonso III que a cidade de Lisboa passou definitivamente a ser a capital do Reino de Portugal. Nesta época (Por volta de 1250), Lisboa era já um importante núcleo económico de trocas, possuindo dois mercados centrais de hortaliças: a Praça da Ribeira e a Praça da Figueira, hoje importantes praças da cidade.

A partir do século XV, o porto de Lisboa tornou-se um dos mais importantes do mundo, apesar de ter perdido espaço para alguns importantes portos europeus como Roterdã, Hamburgo e outros.

No ano de 1500, D. Manuel I abandonou o castelo e passou a fixar-se no Paço Real (no atual Terreiro do Paço), onde toda a vida comercial de Lisboa se passou a centralizar. É nesta altura que nasce o Bairro Alto, onde posteriormente se viria fixar muita da aristocracia portuguesa, bairro que hoje tem uma vida noturna muito ativa e divertida.

Terreiro do Paço (ou Praça do Comércio)

No século seguinte, a Casa da Índia – que foi foi uma organização portuguesa criada por volta de 1503 em Lisboa para administrar os territórios portugueses além mar, assim como todos os aspetos do comércio externonavegação, desembarque e venda de mercadorias  – contribuiu para o aumento da riqueza da cidade graças ao comércio gerado com a Ásia, África e Brasil, ganhando a triste marca de ser o centro de tráfico de escravos mais importante da Europa.

Em 1580, novamente Lisboa saiu do controle dos portugueses: o duque de Alba conquistou Portugal e o rei espanhol Felipe II tornou-se rei de Portugal, sendo que o país só viria a recuperar a sua independência em 1640, seguindo-se um período esplendoroso na cidade devido às grandes riquezas trazidas do Brasil.

E por que tantas disputas por Lisboa? Um dos motivos é sua posição geográfica estratégica no estuário do maior rio da Península Ibérica, o Tejo; do seu porto natural ser o melhor para o reabastecimento dos barcos que fazem o comércio entre o Mar do Norte e o Mediterrâneo; além da sua proximidade no extremo Sul e Ocidente da Europa, com os novos continentes da África Subsaariana e da América.

Do final do século XV até o final do século XVIII, de forma quase ininterrupta a cidade (leia-se o rei, a Igreja, a nobreza e a burguesia comercial, não o povão) beneficiou-se das riquezas do ultramar.

Só a Igreja, com um patrimônio cada vez maior, construiu mais algumas dezenas de conventos e templos repletos de ornamentos de ouro, enquanto os sacerdotes, geralmente ociosos, chegavam a constituir aproximadamente 6% da população lisboeta.

Foi esse setor ultraconservador da sociedade portuguesa que impediu, com o poder que lhe conferia a Inquisição, e com o apoio a nobreza, o surgimento de uma burguesia industrial e qualquer tentativa de industrialização do país. Mais uma vez, a história ajuda a entender o presente, não é?

Essa situação só mudaria durante o governo do Marquês de Pombal, o todo-poderoso ministro do rei Dom José I. E a importância do Marquês se segue a uma incrível tragédia: um dos mais marcantes momentos da história lisboeta ocorreu em 1 de novembro de 1755.

Nesta data, um terremoto de proporções gigantescas destruiu Lisboa, não só pela sua magnitude, mas também por ter gerado um enorme tsunami – que chegou até o nordeste brasileiro – e que, dada a imensa destruição, ainda gerou um incêndio de enormes proporções na cidade, resultando na destruição quase total da cidade, em especial na sua parte baixa.

Simulação do Terremoto e Tsunami de Lisboa

O terramoto fez-se sentir na manhã de 1 de Novembro de 1755 às 9h30 ou 9h40 da manhã, dia que coincide com o feriado do Dia de Todos-os-Santos. A data contribuiu para um alto número de fatalidades, visto que ruas e igrejas estavam cheias de fiéis.

Hoje, você pode visitar algumas ruínas das construções que sobreviveram, ainda que parcialmente, a esta tragédia, como as Ruínas do Carmo e o Museu Arqueológico do Carmo.

Ruínas do Convento do Carmo

Essa destruição ampla deu a oportunidade ao Marquês de Pombal, com o ouro que chegava de Minas Gerais, de reconstruir a cidade baixa e empreender uma obra de requalificação urbanística notável, seguindo um novo traçado geométrico, com grandes vias de estilo clássico.

Pombal aproveitou para transformar a cidade que, apesar de rica e cosmopolita, mantinha até então um aspecto medieval, com ruelas estreitas e tortuosas. Todo o centro de Lisboa, região que ficou conhecida como Baixa Pombalina, foi reconstruído seguindo um planejamento urbano, com a abertura de largas avenidas e praças.

O metal precioso brasileiro continuava a abastecer os cofres reais, situação que se estendeu até o esgotamento das minas no Brasil no final do século XVIII. A partir daí Lisboa passou por momentos difíceis.

E aí, uma vez mais, Portugal e especialmente Lisboa foi invadida, desta vez pelas tropas de Napoleão. Dom João VI, sua esposa, a desbocada Carlota Joaquina, o resto da família real, nobres, o alto clero e todo mundo que pode deixou a cidade às pressas. O povo de Lisboa, abandonado à própria sorte, viu sua cidade ser ocupada (e, em parte, saqueada) pelos franceses.

A cidade ainda foi conquistada outras vezes, inclusive por Napoleão em 1807, tendo sido conquistada pelos ingleses, e, após a vitória do liberalismo, a organização urbanística pombalina foi quebrada, passando a ser construídos alguns dos mais emblemáticos edifícios da cidade, dos quais se destacam o Palácio da Ajuda, a Ópera de S. Carlos, a Basílica da Estrela e o Teatro D. Maria II.

LISBOA DO SÉCULO XX

No século XX, a Avenida da Liberdade passou a apresentar-se como o eixo da nova cidade, surgindo, então, outros importantes edifícios na cidade, tais como o Hotel Palácio, o Eden Teatro, o Cinema Tivoli e o Hotel Vitória.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Lisboa foi o refúgio de muitos exilados dos países ocupados pelo eixo em trânsito para os Estados Unidos e Grã-Bretanha, já que Portugal declarou neutralidade e acabou sendo uma das poucas zonas de paz da Europa durante a II Guerra.

Em 1932, António de Oliveira Salazar tomou o poder e criou uma ditadura, que durou até 25 de abril de 1974, quando um golpe de Estado acabou com este regime. Esse facto ficou conhecido como a “Revolução dos Cravos”. Durante estes anos, Lisboa sofreu uma grande mudança demográfica e expansiva.

Antonio Salazar
Imagem da Revolução dos Cravos

Em 1986, Portugal entrou na União Europeia. Em 1994, Lisboa tornou-se Capital Europeia da Cultura e, em 1998, foi sede da Exposição Mundial destinada a comemorar os 500 anos das descobertas de Vasco da Gama.

A Expo98 que transformou a fisionomia da parte oriental da cidade, criando o que hoje conhecemos como PARQUE DAS NAÇÕES.

No mesmo ano, como parte das comemorações, foi inaugurada a maior ponte do continente, a Vasco da Gama, e o Oceanário de Lisboa, um dos melhores e mais completos do mundo.

A outra ponte sobre o Tejo, a Oliveira Salazar, teve seu nome mudado para Ponte 25 de Abril em 1974. Soa muito melhor, já que 25 de abril é a data que simboliza a Revolução dos Cravos, justamente aquela que derrubou o ditador Salazar!

A capital portuguesa é hoje uma bela cidade, que concilia tradição e modernismo. Conserva largas avenidas nas áreas destruídas pelo terremoto de 1755, mas mantém o traçado medieval em bairros como Alfama, que escapou dos tremores. Funiculares e um elevador unem a parte alta da cidade à baixa (que, apropriamente, se chama Baixa).

Do ponto de vista econômico, Lisboa é considerada como cidade global devido à sua importância em aspectos financeiros, comerciais, mediáticos, artísticos, educacionais e turísticos.[4][5] 

É um dos principais centros econômicos do continente europeu, graças a um progresso financeiro crescente favorecido pelo maior porto de contentores da costa atlântica da Europa e mais recentemente pelo Aeroporto Humberto Delgado, que recebe mais de 20 milhões de passageiros anualmente (2015).

Lisboa conta com uma rede de auto-estradas e um sistema de ferrovias de alta velocidade (Alfa Pendular), que liga as principais cidades portuguesas à capital. A cidade é a sétima mais visitada do sul da Europa, depois de Istambul, Roma, Barcelona, Madrid, Atenas e Milão, com 1 740 000 de turistas em 2009, tendo em 2014 ultrapassado a marca dos 3,35 milhões.

A nível global, Lisboa foi a 35.ª cidade com maior destino turístico em 2015, cerca de 4 milhões de visitantes.

Em 2015, foi considerada a 11.ª cidade turística mais popular, à frente de Madrid, Rio de Janeiro, Berlim e Barcelona. Em 2018 conquistou nos World Travel Awards os galardões de “Melhor Cidade Destino” e “Melhor Destino City Break” a nível mundial.

A região de Lisboa é a mais rica do país, com um PIB PPC per capita de 26 100 euros (4,7% maior do que o PIB per capita médio da União Europeia). A sua área metropolitana é a vigésima mais rica do continente, com um PIB-PPC no valor de 58 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de 35% do PIB-PPC total do país.

Lisboa ocupa o 122.º lugar entre as cidades com maiores receitas brutas do mundo. A maioria das sedes das multinacionais instaladas em Portugal encontram-se na região de Lisboa, a nona cidade do mundo com maior número de conferências internacionais.

Todo esse crescente interesse turístico em Lisboa tem, entre suas mais diversas explicações, o fato de Portugal ser hoje o 3º país mais pacífico do mundo, ter um custo de vida muito mais barato do que o restante da europa ocidental, não ser alvo de ataques terroristas, além de sua famosa gastronomia e seus excelentes (e baratos) vinhos.

Dentre algumas curiosidades de Lisboa está a estátua do Cristo Rei, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, que se situa na margem esquerda do rio Tejo, é uma cópia do Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Possui uma altura de 28 metros e o monumento na totalidade mede 110 metros de altura.

Estátua do Cristo Rei e Ponte 25 de Abril

A ponte Vasco da Gama foi inaugurada a 4 de abril de 1998 e é a maior ponte da Europa, medindo 17,2 quilómetros, dos quais 10 estão sobre as águas do estuário do Tejo.

A Bela capital portuguesa, como vocês viram nas imagens, é um local repleto de locais históricos a visitar, belezas naturais e entretenimento de qualidade, mas isso vai se tornar, em breve, um outro vídeo do nosso canal do Youtube, o Café com Bigode, com dicas direto de lá, a cidade de LISBOA.

Por isso, não deixa de comentar dizendo o que você mais quer saber sobre Lisboa, e de se inscrever no canal para não perder os próximos vídeos. Um abraço, e até a próxima viagem.

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