Parte 3. Experiências de uma viagem à Escandinávia: Cidades da Noruega.

Na parte 2 desses relatos, partimos de Trem de Estocolmo, Suécia, para Oslo, na Noruega.

A viagem, de aproximadamente 8 horas, não foi legal. O Trem saiu atrasado (nas 2 horas que esperamos o trem, acho que vimos uns 60 trens de outras linhas chegando e saindo exatamente no horário, inclusive aqueles “8:37”. Haja azar) e, com isso, aparentemente “perdeu preferência” ao longo da linha, de modo que toda hora o trem tinha que parar para que outro trem, vindo na direção contrária, passasse por nós. Sem falar nas paradas oficiais, ou seja, nas cidades no caminho de Oslo.

Chegamos à noite em Oslo, e nosso hotel era bem ao lado da estação; o Scandic Byporten foi o mais simples dos hoteis da viagem, mas valeu muito pela localização: ao lado da estação (literalmente), próximo à Ópera, ao Terminal Marítimo e a uma das ruas mais famosas da cidade. Abaixo a vista do hotel (à esquerda fica a entrada da Estação de Trem):

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Oslo é uma cidade… ok! É limpa, arrumada, claro. Vários lugares bonitos, também, como veremos a seguir. Mas falta aquela energia, aquela vibração, aquela “vida”, que foi muito mais vista em Estocolmo e Copenhague, e bem menos em Oslo.

No centro da capital e maior cidade da Noruega, vi mais “mendigos” do que vi durante todo o resto da viagem à Escandinávia. Na verdade, esses “mendigos”, em geral, são viciados em heroína. A Noruega é conhecida por dar apoio a esses viciados (lugar pra dormir, alimentação e até heroína (!!), pra evitar as fortes crises de abstinência e/ou casos de overdose).

Mas ainda assim, não são muitos, e estão bem concentrados em um ponto específico da região central.

A famosa Opera de Oslo é bem legal: além de bonita, e de “invadir” o mar, seu teto permite que você passeie por cima da opera, pelas laterais, por todos os lados, proporcionando belas vistas da cidade:

Eleita como uma das cidades mais caras do mundo, ela é realmente cara. Um espresso custa em média $35 coroas norueguesas, o equivalente a mais ou menos 4 euros o que, no câmbio atual, chega próximo dos R$ 20,00. Mas é caro para nós: deixando a conversão de lado (ainda mais com o atual câmbio tão desfavorável ao brasileiro), e considerando a remuneração média local, a cidade, para os noruegueses, pode parecer mais barata do que o Rio de Janeiro ou São Paulo.

Oslo foi a cidade que mais andamos: em um dia, foram mais de 35 mil passos, o que foi suficiente para ver os mais diferentes locais da cidade. Passamos por zonas residenciais extremamente calmas e assustadoramente silenciosas (até para mim), a locais mais novos e modernos, com arquitetura belíssima, clubes de dança ao ar livre e ótimos restaurantes.

A parte calma foi no caminho para o Parque Vigeland, bem bonito e agradável, mas sem nenhum super atrativo (para aqueles turistas que gostam mesmo é de fazer o checkpoint com fotos em locais super famosos rs). No caminho passamos pelo Parlamento e o Palácio Real (bem humilde quando comparado a praticamente todos os demais palácios da Europa):

Li um livro por lá que explica que os noruegueses não são da cultura de “seja o melhor entre todos”, pelo contrário: os melhores são incentivados a não demonstrar que são melhores, e ajudar aqueles que têm mais dificuldade. E isso me pareceu bem verdade, em diversos momentos, inclusive na “simplicidade” do Palácio Real, no qual efetivamente ainda vive a Família Real norueguesa.

De lá, passamos pela Fortaleza de Akershus e, em outro dia, visitamos o Museu Viking (bem simples mas com barcos e outros itens reais e perfeitamente conservados), além da área mais moderna e divertida da cidade:

De Oslo, fomos para Flåm, onde começamos nosso passeio pelos Fjordes, mas, como dito, isso ficará para um post específico.

Por isso, pulemos para Bergen! Ah, de Flåm para Bergen passamos por uma cidade (muito bonita e agradável) que muitos vão reconhecer o nome por ser vinculado a uma água mineral (bem) cara! A “Voss”:

Bergen é uma cidade bem mais movimentada e viva que Oslo. É quase elétrica! Muito provavelmente isso ocorre pelo grande números de estudantes (e imigrantes em geral) “latinos” que moram na cidade: Italianos e Espanhóis são vistos o tempo todo!

Inicialmente, tive uma impressão meio ruim da cidade: mais suja e “bagunçada” (bem entre aspas) do que todas as demais que visitamos. Mas com um tempo, aquele movimento, aquela vibração, deram a Bergen justamente a falta de energia que permeia Oslo.

Bergen é a segunda maior cidade da Noruega, e tem pontos imperdíveis para serem visitados: a cidade de Madeira, bem no centro, que é o centro bem antigo da cidade, em que todas as casas eram de madeira, coloridas, e que está super bem conservada, apesar de alguns incêndios já terem destruído um bom número delas.

Além disso, tem-se o Fish Market, que é uma feira ao ar livre (que tem uma parte mais “chique” em um local fechado, em forma de contêiner, provavelmente mais visitado no inverno) em que se serve todo tipo de frutos do mar fresco, feitos na hora ou para levar. Indispensável experimentar a Fish Soup, tradição local e que é muito boa, inclusive pra mim, que passo longe de ser um fã de frutos do mar.

Dentre alguns outros pontos interessantes mas menos relevantes, destaco um que considerei o mais legal: a subida ao Monte Fløyen. Inicialmente, pensei que fosse apenas um local com bela vista da cidade, por ser alto. Mas é um verdadeiro (e belo) parque lá em cima da cidade, com vista completa dela, trilhas, até um lago, além de bares, cafés e restaurantes excelentes para relaxar e ver um por do sol:

Encontramos essa família sentada no banco, apreciando a vista, e literalmente pedimos para tirar foto deles, de tão legal que a imagem estava. Eles adoraram, claro.

Bem na descida do Monte, paramos para jantar no To Glass Vinbar, um wine bar de uma espanhola, com ótimos vinhos e “tapas”. Recomendo:

De lá, fomos pro hotel, descansar porque no dia seguinte voltaríamos a Oslo para, de lá, seguir de navio a Copenhague.

A impressão final que ficamos das cidades norueguesas é que elas não são tão vibrantes quanto tantas outras, mas devem ser extremamente agradáveis de se viver.

Antes de partir para a Dinamarca, no próximo post falaremos de outro ponto relevante da Noruega, que pulamos estrategicamente nessa postagem: seus lindos Fjordes! Até lá.

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